sábado, 15 de outubro de 2011

O Jardineiro que tinha Fé

¨... Tenho certeza de que em cada campo em pousio novas vidas estão esperando para renascer. E o que é mais espantoso, essa nova vida virá, quer queiramos ou não.
Podemos arrancá-la a cada vez, mas ela reenraizar-se-á e voltará a se fundar.
Novas sementes chegarão com o vento e não pararão de chegar, dando muitas oportunidades para mudanças de sentido, para a volta do sentimento, para a cura do coração e afinal para uma nova opção pela vida.

O que não pode morrer nunca?
É aquela força de fé que já nasce dentro de nós, que é maior do que nós, que chama as novas sementes para os lugares áridos, maltratados, abertos, para que possamos nos ressemear.
È essa força, na sua insistência, na sua  lealdade a nós, no seu amor por nós, nos seus meios, na maioria das vezes, misteriosos, que é maior, muito mais majestosa e muito  mais antiga do que qualquer outra coisa jamais conhecida.¨

* O Jardineiro que tinha fé
   Clarissa Pinkola Estés
   Editora Rocco

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Cobras Cipó ¨enamoradas¨

Raras vezes  foram encontradas cobras na Chácara. Mas neste sábado tivemos uma surpresa e tanto!

Bem cedinho uma foi avistada e depois outra e mais outra totalizando 5 em menos de uma hora !
Um susto a cada momento pois esse tipo de cobra  foge ao menor movimento e move-se  muito rapidamente chegando a dar pequenos saltos.  E isso assusta a quem não está acostumado com elas.

Além disso são longas ( chegam a medir 1,20m) e colocam-se na posição vertical com a finalidade de alcançar do solo os galhos das árvores e arbustos.
Sua coloração amarronzada ( algumas especies podem ser esverdeadas), funciona como uma camuflagem perfeita, confundindo-as com os caules das plantas.

Felizmente  naquele dia o pedreiro que está trabalhando na reforma de casa estava lá e  explicou-me que elas não eram perigosas e que provavelmente estavam na fase da acasalamento, por isso esse número tão grande de repente.
Percebi que uma delas ( fêmea)  estava posicionada dentro de um pequeno buraco na terra e parte do seu corpo fora ( tronco e cabeça) . As outras  4 que suponho serem os machos ficavam à espreita à uma certa distância ( ¨empoleirados¨) no limoeiro e de vez em quando um  descia e ia  até o local onde a fêmea se encontrava e  dava um pequeno toque no seu corpo.
Feito isto retirava-se e outro que estava por perto,  repetia o gesto.  Ficaram neste ritual por horas.
Na época de acasalamento a fêmea libera um produto químico para atrair os machos e a concretização do acasalamento pode levar de algumas, até  72 horas.
Imagino que após esse período elas retornarão para o local de onde vieram.
De acordo com a literatura este tipo de cobra  tem hábitos diurnos, alimenta-se de lagartos, rãs, ratos, pássaros e seus ovos. Não é peçonhenta mas pode morder caso seja encurralada ou ameaçada.